O BLOG ...

      O Drogastat foi criado como forma de avaliação da disciplina de Bioestatística, ministrada pelo professor Luis Paulo, da turma do segundo período de farmácia (UFRJ) do ano de 2010.Tem como objetivo abordar algumas questões sobre drogas, por meio de um olhar biomédico, mas com metodologias bioestatísticas. Para uma melhor compreensão do tema é necessário o conhecimento de seu conceito,primeiro tópico do Blog.Em seguida, foram apresentadas as diferentes categorias de drogas e posteriormente, o uso abusivo destas, que pode levar a dependência e conseqüentemente a morte do indivíduo. 
     Foram discutidos também assuntos correlacionados ao tema, como a idade cada vez menor com que uma pessoa se torna dependente química, levando a consequências como violência e criminalidade.
     Nossa pesquisa para formulação deste Blog foi feita em fontes bibliográficas ( Google Acadêmico , Sciello , O Globo ) buscando dados e imagens para um melhor esclarecimento do tema . 


Autores : Larissa Abrahão , Mariana Vieira e Rosana Santos .
     

DROGA

        Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no organismo modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de determinadas plantas, de animais e de alguns minerais, por exemplo: a cafeína (do café), a nicotina (presente no tabaco), o ópio (na papoula) e o THC tetrahidrocanabiol (da maconha). As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais. Existem várias interpretações, mas comumente suscita a idéia de uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações, o humor e o comportamento. Podem ser classificadas em três categorias: as estimulantes, os depressores e os perturbadores das atividades mentais. O termo droga envolve os analgésicos, estimulantes, alucinógenos, tranquilizantes e barbitúricos, além do álcool e substâncias voláteis. Podem estas, ser absorvidas de várias formas: por injeção, por inalação, via oral, injeção intravenosa ou aplicadas via retal (supositório).

Categorias :

Depressivas: diminuem a atividade cerebral e

 podem dificultar o processamento das mensagens

 que são enviadas ao cérebro. Exemplos: álcool,

 barbitúricos, maconha, diluentes, quetamina, 

cloreto de etila ou lança perfume, clorofórmio,

 ópio, morfina, heroína, e inalantes em geral 

(cola de sapateiro etc).

                                                                                                                                                                                                                                         

Psicodistropticas ou alucinógenas (drogas pertubadoras):

têm por característica principal a despersonalização em 

maior ou menor grau. Exemplos cogumelos, LSD,

MDMA ou ecstasy e DMT. 

Psicotrópticas ou estimulantes: produzem aumento 

da atividade pulmonar, diminuem a fadiga, aumentam 

a percepção ficando os demais sentidos ativados. 

Exemplos: cocaína, crack, cafeína, teobromina 

(presentes em chocolates), GHB, metanfetamina,

 anfetaminas (bolinha, arrebite) etc.

Uso de drogas psicotrópicas no Brasil: pesquisa domiciliar envolvendo as 107 maiores cidades do país - 2001

         O objetivo nesta pesquisa foi estimar a prevalência do uso de drogas, álcool, tabaco e o uso não médico de medicamentos psicotrópicos. Este estudo abrangeu as 107 maiores cidades do Brasil; amostra: idades entre 12 e 65 anos. Amostragem em três estágios; setores censitários; domicílios e o respondente. Entrevistadas 8.589 pessoas. O uso na vida de álcool com 68,7% foi próximo aos 70,8% do Chile. O uso na vida de tabaco foi de 41,1%, inferior aos EUA (70,5%). O uso na vida de maconha foi de 6,9% próximo ao da Colômbia (5,4%) e abaixo dos EUA (34,2%). O uso na vida de cocaína foi 2,3%, inferior aos EUA (11,2%). O uso de solventes foi de 5,8%, bem menor que no Reino Unido (20,0%). Os estimulantes tiveram 1,5% de uso na vida e os benzodiazepínicos com 3,3%. Estes achados permitirão a implantação de políticas públicas adequadas à nossa realidade no campo das drogas psicotrópicas.

Jovens e Drogas

       A dependência química vem sido pesquisada em amplos direcionamentos. Como conclusãos de inúmeras dessas pesquisas obtém-se o número cada vez maior de jovens dependentes químicos .
   
      Uma pesquisa realizada em Londrina com um universo de 722 jovens atendidos por instituições e programas sociais públicos."O objetivo principal desta pesquisa foi o conhecimentos dos fatores de vunerabilidade que colocam os jovens em risco de drogadicção."

    
     




     Os dados dessa pesquisa mostram que entre outras coisas de acordo com o gráfico 10 que o maior número dos que "iniciam e mantám o uso de droga situa-se entre os 12 e 14 anos -  25,64% (40)- seguidosdos que estão na faixa entre os 14 e 15 anos - 14,74|% (23)." 
    Dessa forma, pode-se deduzir que a idade considerada de risco para a dependência química situa-se, entre os jovens pesquisados, na faixa de 12 e 16 anos. 

   






         Dados importantes das pesquisas são os principais motivos que levam jovens ao uso de drogas. Foi observado de acordo com o gráfico 22 ,então, que ,"a influência dos amigos para a iniciação às drogas é o fator que prevalece, em 33,33% (21) das respostas dentre os outros fatores apresentados: curiosidade,problemas familiares, problemas afetivos e necessidade de ser aceito pelo grupo. A curiosidade e o desejo de viver situações novas manifestam-se de forma muito presente na adolescência, assim como a necessidade de aceitação social.É grande a disponibilidade do jovem para pertencer a qualquer grupo que lhe proporcione visibilidade, integração,dentre outros elementos que conduzam à construção da própria identidade.A necessidade de pertencer a um grupo, almejada pelos jovens, atualmente, pode representar segurança, além de referência de grupo. As gangues e galeras,por exemplo, constituem proteção física, garantia de sobrevivência, no caso daqueles jovens inseridos em ambientes mais violentos, além de representarem prestígio, dinheiro e poder." É observado então , que o ambiente socioeconômico em que o jovem está inserido é um grande determinante para a entrada do jovem ao uso de drogas , e dependência química.

Violência e Drogas

          A relação drogas x jovens, é ampla quando se questiona a correspondência dos mesmos com a violência. Pode-se perceber pelo gráfico, que o número de jovens que são denunciados por posse ou tráfico de entorpecenteelevou potencialmente a partir da década de 90. A violência pode ser gerada por reação dos próprios entorpecentes ou como forma de bancar o vício , inserindo-se, o jovem ,então na criminalidade(furtos entre outros ).

   

 Esta violência vem crescendo desde a década de 90 , como mostra o gráfico abaixo .